sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Animais do Zoo de Trípoli abandonados à sua sorte

Os habitantes dos jardins zoológicos são habitualmente os primeiros a serem neglicenciados nas cidades atingidas por catástrofes naturais ou humanas. Em Trípoli, capital da Líbia, não é diferente.

O enviado especial da CNN, Nic Robertson, entrou no zoo da cidade (embora lhe tenham dito que estava vazio por se encontrar em obras) e encontrou tigres, leões, hipópotamos, tartarugas gigantes, macacos, ursos, entre outros animais, enjaulados, esfomeados e com sede.

Um tigre, de pele flácida, começou a andar de um lado para o outro assim que pressentiu a presença de alguém. “Só olhando para ele e vendo como ele caminha dá para perceber quão magro ele está”, conta. “Não há aqui ninguém que nos possa dizer com que frequência estão a ser alimentados e se são vistos por algum médico veterinário”.

Enquanto Nic Robertson visitava o zoo, chegou um tratador. Explicou que durante os sete dias e meio de intensos confrontos na cidade, os animais estiveram à sua sorte. Agora que a situação está mais calma, 10 dos 200 funcionários voltaram a trabalhar e já estão a alimentá-los.

Os felinos têm apenas metade da quantidade de alimento de que necessitam diariamente e a água também não abunda. Tendo em conta as altas temperaruras que se fazem sentir na cidade, Nic Robertson diz que todos os animais vão continuar a sofrer.

Três toneladas de alimentos para cães recolhidas na campanha do Coisas


Quase três toneladas de alimentos para cães foram angariados em Julho no âmbito da campanha “Alimente um Cão com o Coisas”, uma iniciativa do portal de classificado Coisas em colaboração com a Associação de Protecção de Cães Abandonados (APCA).

Como já tinhamos aqui anunciado, a campanha visava a angariação de alimentos para os animais ao cuidado da APCA, ao mesmo tempo que era promovida a sua adopção. Para contribuir bastava aceder à área destinada para o efeito no site Coisas.com, que reunia fotografias e informações sobre todos os cães, escolher um animal, e clicar no botão “alimentar”. À medida que os visitantes clicavam neste botão, um gráfico com um osso ia sendo preenchido e quando estivesse totalmente preenchido (cerca de 10.000 cliques) a APCA receberia 10 quilos de ração.

Além dos 295 sacos de 10 quilos de ração angariados, foram adoptados onze cães no decorrer da campanha; conseguiram-se seis novos padrinhos e dois novos sócios, assim como vários donativos financeiros e materiais para os cães ao abrigo da APCA.

Miguel Mascarenhas, CEO da FixeAds, referiu que “esta acção excedeu todas as expectativas”. “Conseguimos atingir o nosso principal objectivo, ou seja, o de sensibilizar as pessoas para uma realidade que é sentida principalmente no período do Verão e recebemos diariamente bastante apoio e participação ao longo de toda a campanha, o que se refletiu nos resultados obtidos”, sublinhou.

Procurador do Missouri cria Unidade de Prevenção da Crueldade contra Caninos

O procurador-geral do Missouri agregou à sua página oficial na Internet um sítio onde os habitantes daquele estado americano podem recolher informações sobre a legislação referente ao bem-estar dos cães e denunciar situações de crueldade.

De acordo como site KSKD, Chris Koster explicou, na segunda-feira, que a nova legislação sobre crueldade canina, aprovada em Abril, dá ao seu gabinete maiores poderes para fiscalizar os criadores de cães.

Na sequência desta nova lei, Chris Koster criou a Unidade de Prevenção da Crueldade contra Caninos e promete investigar todas as queixas que lhe chegarem.

Amigos dos Animais novamente autorizados a entrar no canil de Braga

Os voluntários da Associação Bracarense Amigos dos Animais (ABRA) estão novamente autorizados, a partir de hoje, a entrar no canil municipal de Braga para tratar dos animais, depois do acordo alcançado com a Agere, entidade gestora do equipamento.

O acordo põe fim ao diferendo que se arrastava desde sábado, dia em que a Agere proibiu os voluntários da ABRA de voltarem a entrar no canil, alegando incumprimento das normas estabelecidas quanto à recolha dos animais e sua entrega aos donos. No mesmo dia, em comunicado, a ABRA negou o desrespeito por qualquer regra e criticou a decisão da Agere.

"Após seis anos de deslocações diárias ao canil para assegurar as condições fundamentais de higiene, alimentação e assistência médico-veterinária, fomos [sábado] impedidos de aceder às instalações do canil municipal para prestar os cuidados habituais aos animais que lá se encontram depositados", sublinhou, em comunicado, a ABRA.

A associação acrescentava que, porque conhece a "dura realidade" do canil de Braga antes da existência da ABRA, estava consciente do "sofrimento diário" que a ausência dos seus voluntários iria provocar aos animais.

Hoje, Agere e ABRA reuniram e, no final, emitiram um comunicado conjunto dando conta de que chegaram a um acordo e do seu empenho no desenvolvimento de uma parceria estratégica para salvaguarda e defesa dos animais daquele canil.

"As partes chegaram a acordo na implementação rigorosa de um novo modelo de actuação e intervenção da ABRA, que clarificam e enquadram a relação das duas instituições", refere o comunicado.

O acordo abrange o enquadramento da actividade da ABRA no Sistema Integrado de Gestão, nomeadamente no controlo e registo de entrada e saída de animais, nos horários de funcionamento do voluntariado, na sua identificação e utilização de parqueamento.

"Com este acordo, as partes colocam um ponto final no diferendo, retomando o entendimento e sublinham que em nenhuma circunstância os animais estiveram ou estarão em causa quando enquadrados pela actividade do canil/gatil, propriedade da Câmara Municipal de Braga", refere ainda o comunicado.

Diplomata americano disfarçado investigou maus tratos a tigres na China

Um diplomata americano disfarçou-se de turista coreano para investigar um centro de criação de tigres no sudeste da China, onde viu animais a serem chicoteados, para que protagonizassem “procissões de casamentos”, e mortos para serem utilizados na medicina tradicional, segundo documentos secretos revelados esta semana pelo Wikileaks.

Na sequência desta visita de Xiongsen, o governo americano foi informado das dúvidas quanto aos esforços da China para a conservação da vida animal. A investigação surgiu na sequência de uma série de notícias na imprensa estrangeira, na primavera de 2007, alegando que a quinta visitada pelo diplomata americano servia carne de tigre no seu restaurante e vendia vinho de osso de tigre na loja, adianta o jornal Guardian.

Num telegrama enviado a partir do consulado dos EUA em Guangzhou, o diplomata relata que inicialmente foi os funcionários da quinta o olharam com desconfiança. Mas depois de os ter convencido de que era coreano, tornaram-se ansiosos por fazer negócio.

“Disseram que os coreanos estão entre os compradores mais entusiastas da bilis do urso preto e do vinho do tigre”, escreveu. Cada garrafa custa entre 8 e 96 euros.

Xiongsen contou ainda que viu na quinta – onde vivem mais de mil tigres – um destes animais a matar um boi dentro de uma jaula de treino, onde alegadamente os animais são treinados para poderem regressar ao estado selvagem.

Quatro anos depois, as preocupações mantém-se actuais. Relatórios datados do início deste ano dão conta de a população de tigres desta quinta tem aumentado e que os problemas orçamentais permanecem, pelo que há falta de alimentos para os animais.

Los Angeles proíbe venda de animais de estimação nas lojas

O município de Los Angeles, nos Estados Unidos, aprovou ontem, por unanimidade, a comercialização da criação de cães de raça, gatos, galinhas e coelhos, segundo o site Examiner.com e a sua venda em lojas de animais. Pelo contrário, as associações terão a oportunidade de poderem lançar campanhas de adopções de animais abandonados nessas lojas. A Câmara deu já instruções ao Departamento de Serviço Animal para começar a redigir a lei.


Os deputados municipais consideram que, desta forma, cada vez mais animais abandonados conseguirão arranjar uma nova família, e evitar-se-á que consumidores menos informados comprem cães criados em quintas sem as mínimas condições.


Segundo o mesmo site, os cães criados nessas quintas sofrem de inúmeros problemas de saúde, muito devido ao tratamento que lhes é dado.

Parlamento holandês aprovou proibição de abates rituais

O parlamento holandês aprovou, na terça-feira, um projecto-lei que proíbe o abate ritual de animais, debaixo de uma forte contestação por parte das comunidades judaica e muçulmana do país, mas terá deixado uma folga que possibilitará a continuação dessa prática, segundo a Reuters.


O projecto-lei, apresentado pelo Partido dos Animais (a primeira organização partidária do género a conseguir representação parlamentar na Europa), passou na Câmara Baixa do Parlamento, com 116 votos a favor e 30 contra. Contudo, para ter força de lei tem que ser aprovado pelo Senado.


O documento agora aprovado determina que os animais devem ser adormecidos antes de serem sacrificados, contrariando o que está escrito nas leis muçulmana e judaica, que exige que os animais estejam totalmente conscientes durante o ritual de abate.


“Esta maneira de matar provoca uma dor desnecessária ao animal. A liberdade religiosa não pode ser ilimitada”, defendeu Marianne Thieme, do Partido dos Animais, antes da votação. “Para nós, a liberdade religiosa pára onde o sofrimento humano ou animal começa”.


Numa rara demonstração de união, as comunidades judaica e muçulmana na Holanda (respectivamente, 400 mil e um milhão) condenaram esta proibição considerando-a uma violação da sua liberdade religiosa.


“O simples facto de esta questão estar a ser discutido é dolorosa para a comunidade judaica”, disse, à Reuters, o rabino Binyomin Jacobs. “Aqueles que sobreviveram à Segunda Guerra Mundial lembram-se que a primeira lei feito pelos alemães na Holanda foi a proibir o modo judaico de matar os animais”.


O projecto-lei, porém, continua a permitir aos grupos religiosos essa prática desde que provem que o animal não sofre, mas não esclarece de que forma isso pode ser feito. “Isso é completamente impossível de provar”, sublinha Binyomin Jacobs. “Não podemos perguntar ao animal como se sentiu depois dele ter morrido”.


Os regulamentos da União Europeia exigem que os animais sejam atordoados antes de serem mortos, à excepção dos abates rituais por determinação do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que os consideram um direito religioso. Os defensores dos direitos dos animais continuam a defender que se trata de um acto desumano

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

COMUNICADO DO PAN SOBRE O ABANDONO DE ANIMAIS

Estamos no Verão, em período de férias e, como acontece todos os anos, muitos animais são abandonados por quem antes os acolheu. As associações de defesa dos animais e os canis/gatis municipais já começam a sentir os efeitos destas acções lamentáveis, agravados por vivermos num período de “crise”.

É inaceitável abandonar um animal em tudo semelhante a nós na capacidade de sentir prazer e dor, físicos e psicológicos, de ter emoções e percepções de bem e mal-estar. É inaceitável abandonar um animal que se afeiçoou a um ser humano ou a uma família, habituando-se a ter um lar, alimento e companhia. É inaceitável abandonar à fome, à sede, aos maus-tratos e à morte quem nos ofereceu o seu amor incondicional e o benefício da sua companhia durante muito tempo e subitamente é tratado como uma coisa e como lixo, só para alguém passar uns dias sem o trabalho de o cuidar. É inaceitável esta conduta irresponsável, leviana e criminosa.

O PAN luta por uma política de adopção responsável e pela alteração do estatuto do animal no Código Civil, de modo a que os maus-tratos e abandonos sejam efectivamente vigiados, detectados e punidos. Todavia, mesmo quando a lei for alterada, sabemos que uma parte essencial da solução passará sempre pela tomada de consciência de que os animais não são objectos inanimados, que possamos usar enquanto nos dão prazer e depois deitar fora. É fundamental sensibilizarmos todos aqueles que têm ou consideram ter animais de companhia para este facto.

O PAN apela a toda a população para que não abandone os seus animais de companhia, vigiando e denunciando às autoridades competentes (PSP ou GNR) todos os abandonos. A crise que atravessamos não é apenas económico-financeira, mas, mais profundamente, uma crise de valores éticos. Sem uma ética da responsabilidade, que abranja humanos, não-humanos e todo o planeta, não é possível sairmos do momento difícil que atravessamos, em Portugal e no mundo.

Não abandonem os vossos animais! Abandonar um animal e tratá-lo como lixo é abandonar e tratar como lixo a nossa própria humanidade.

O Partido pelos Animais e pela Natureza