segunda-feira, 23 de abril de 2012

Carta aberta do PAN Porto aos Bombeiros Voluntários de Barcelos

Exmos. Srs.,

O Conselho Local do Porto do Partido pelos Animais e pela Natureza vem por este meio associar-se ao coro de cidadãos que se têm manifestado contra a colaboração da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Barcelos na corrida de touros marcada para o próximo dia 6 de Maio em Barcelos.
Lemos cuidadosamente o esclarecimento publicado no site da AHBVB, sem contudo encontrar no mesmo qualquer argumento eticamente aceitável para a associação ao evento mencionado. É compreensível que os Bombeiros Voluntários de Barcelos necessitem de fundos que suportem a sua actividade, mas é absolutamente lamentável e a todos os níveis reprovável que procurem angariá-los através de eventos de cariz sádico, de resto sem tradição significativa na zona Norte do País. Segundo o referido esclarecimento, "a esmagadora maioria da população" portuguesa aceita as corridas de touros, uma afirmação que levanta sérias dúvidas, até por contrariar em absoluto os números de um estudo recente, segundo o qual mais de 50% dos portugueses é a favor da abolição da tauromaquia no país. "Vida por Vida" é o lema da AHBVB, mas o que agora vemos é essa entidade a associar-se a uma actividade que promove o sofrimento e a morte por divertimento, como se os fins justificassem os meios. Se é verdade que, ao longo dos seus quase 130 anos de existência, a AHBVB "pautou sempre a sua actuação por valores de respeito, humanidade, solidariedade, tolerância e honestidade", é com grande pesar que vemos a instituição manchar de forma indelével esse imaculado currículo. Solicitamos por isso à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Barcelos que reconsidere e tome a única decisão eticamente correcta, a de cessar a colaboração com o evento de dia 6 de Maio e recusar a angariação de fundos às custas de actividades baseadas em sofrimento e derramamento de sangue.
Caso a decisão da AHBVB se mantenha, o PAN Porto não deixará de manifestar, de forma cívica e pacífica mas veemente, o seu repúdio por tal atitude, indigna de uma entidade tão nobre como uma corporação de bombeiros.

Com os nossos melhores cumprimentos,

O Conselho Local do Porto do Partido pelos Animais e pela Natureza

Por um verdadeiro 25 de Abril, por uma verdadeira Revolução, pelo bem de todos os seres!



Tinha 14 anos quando se deu o 25 de Abril de 1974. Jamais esquecerei a súbita explosão de alegria e entusiasmo nas ruas com a queda de um regime opressivo e a ardente expectativa de se construir um país melhor para todos! Jamais esquecerei a multidão que se juntou na Alameda D. Afonso Henriques no dia 1 de Maio para voltar a comemorar em liberdade o Dia do Trabalhador. É impossível esquecer o contagiante sentimento de unidade, fraternidade e generosidade que unia a todos naqueles dias, em que se sentia que tudo era possível e uma sociedade voltava a ser uma comunidade com um mesmo desígnio, o de se organizar de forma mais livre, solidária e justa, visando o bem de todos. De repente todos se interessavam por política, porque política significava transformar a vida e construir um Mundo Novo.
Infelizmente, logo predominaram as divisões, os conflitos e a luta pelo poder entre as forças económicas e ideológicas que entre nós representavam os grandes blocos mundiais. A energia da população foi orientada para a luta partidária onde rapidamente triunfaram, nos governos e nas oposições, agendas políticas e económicas internacionais e específicas, que sem pudor sacrificaram a espontaneidade popular e o bem comum. O potencial de profunda mudança do 25 de Abril logo foi domesticado numa mera democracia formal, em que os cidadãos são encorajados a confundir liberdade com o voto periódico em representantes partidários sobre os quais, uma vez eleitos, perdem todo o poder de controle, assistindo passivos e impotentes à traição de todas as promessas eleitorais. O ímpeto de construir uma sociedade mais justa, apesar de ter dado origem a uma das Constituições mais evoluídas do mundo, rapidamente foi neutralizado pela subordinação das forças sociais e económicas às regras de jogo do capitalismo mundial e a consagração dos fundamentais direitos constitucionais foi-se tornando cada vez mais letra morta. Dois ou três partidos instalaram-se no poder e outros tantos na oposição, uns a gerirem os interesses da grande finança e outros a reagirem contra isso, sindicatos incluídos, mas todos isentos de vontade de mudança estrutural e profunda. A comunicação social foi comprada e silenciada. Desiludidos com os partidos, com os políticos e com a política em geral, que passaram a ser palavras com sentido negativo, os portugueses começaram a abster-se cada vez mais de votar e de participar na vida cívica. A onda de entusiasmo do 25 de Abril de 1974 deu lugar a uma ressaca de passividade “democrática” estranha mas significativamente semelhante ao conformismo do Portugal de Salazar e Caetano.
Portugal entretanto entrou para a Europa, que lhe exigiu a destruição das bases da sua economia, em particular a agricultura, trocadas por auto-estradas, serviços e funcionários, teve acesso a fundos europeus desbaratados em corrupção e obras de fachada, fez o jogo dos bancos deixando-se seduzir pelo acesso ao paraíso do crédito fácil e viciou-se no consumismo compulsivo. O interior foi abandonado e desertificado, uma população desenraizada concentrou-se no litoral e nas grandes cidades, destruiu-se a paisagem para edificar betão e a ganância do turismo desordenou ainda mais o território. O espírito de cooperação deu lugar ao individualismo e à competição de todos contra todos e o impulso colectivo para a construção de um mundo novo degradou-se em devaneios de novo-riquismo ostentatório, na peregrinação aos hipermercados, na acumulação de futilidades e no sonho de proezas futebolísticas.
Desta alienação colectiva, induzida por sucessivos governos como sinal de progresso, mal despertamos agora para pagar a factura da gestão danosa desses mesmos governos, para pagar com juros gigantescos uma dívida obscura, que todos contraímos sem saber, porque ninguém nos disse a verdade e todos nos mentiram, mas que também, além de ter muito de inventado, é a factura da crise do capitalismo mundial, que pretende prolongar a sua vida artificial, feita de especulação financeira, com os balões do oxigénio da vida real das populações, dos seres vivos e do planeta que explora e destrói como um predador selvagem, desesperado e descontrolado. E súbita e brutalmente vemos, mediante medidas financeiras sem plano económico, o que restava de um Estado medianamente social a ser desmantelado, subsídios abolidos, vencimentos, pensões e reformas diminuídos, as garantias de emprego e de segurança social a desaparecerem, a habitação, a alimentação, a saúde e a educação cada dia mais caras, a justiça na miséria de sempre, por via de uma austeridade cirurgicamente dirigida para a classe média e baixa e para o empobrecimento compulsivo da população. Sectores fundamentais da economia, como a electricidade, a energia e as águas, são ainda mais privatizados ou correm risco disso, o desemprego e a precariedade aumentam, cada vez mais famílias descem abaixo do limiar de pobreza, os idosos vivem com pensões de miséria que não chegam para medicamentos e os jovens não têm horizontes. Ao mesmo tempo as castas de políticos e administradores, gestores dos interesses das corporações e da finança mundial e principais responsáveis por este estado de coisas, continuam a auferir impunes de todas as regalias económicas e sociais, apenas ligeiramente aparadas para não ser demasiado escandaloso.
O radioso horizonte de esperança de Abril de 1974 converteu-se num sentimento de beco sem saída, a não ser a da emigração de um país condenado a pagar uma dívida impagável e a ser cada vez mais espezinhado pelos poderosos da Europa e do mundo. Muitos dos melhores e mais activos portugueses começam de novo a emigrar, abandonando um país uma vez mais amordaçado e triste, deprimido, descrente e envelhecido. Trinta e oito anos após sair de meio século de ditadura política, Portugal cai numa mal disfarçada tirania económico-financeira e vive num clima de medo e de pensamento único, em que a contestação se confronta de novo com a repressão policial.
Este é um dos lados da moeda e não devemos ignorá-lo. Mas outro é o da ebulição, em Portugal e em todo o mundo, também como reacção a esta situação, de um sem número de movimentos e iniciativas que buscam seriamente uma alternativa ao actual sistema e nele procuram plantar desde já as sementes de um Mundo Novo, que há-de emergir do colapso inevitável da actual (des)ordem mundial, que não é evidentemente sustentável a nível planetário, em termos energéticos, alimentares e ecológicos, mas também em termos da opressão, sofrimento e mal-estar galopantes que gera nos seres vivos, humanos e não-humanos. E não é sustentável a curto prazo, como inúmeros e isentos relatórios científicos abundantemente documentam e anunciam. Na verdade, todo o sistema, político, económico ou outro, que gere a opressão e infelicidade das populações, a destruição da biodiversidade e dos ecossistemas, todo o sistema que violente a Vida, é já um cadáver de pé, que mais cedo ou mais tarde há-de cair. É o que já acontece no momento em que vivemos.
Temos pois de estar atentos aos sinais dos tempos e promover todas as alternativas sérias e credíveis que antecipem desde já o mundo novo que desejamos, sem ficarmos à espera de governos e partidos obsoletos, que excederam o prazo de validade: uma espiritualidade laica, não dogmática, baseada menos na crença irreflectida do que na consciência fraterna e na transformação ética da vida, que promova o diálogo entre religiosos, agnósticos e ateus; uma cultura multicultural e inter-disciplinar, aberta a novos paradigmas holísticos, que vejam a realidade e os seres como uma totalidade orgânica inter-conectada; novas práticas e currículos educativos, que visem o desenvolvimento integral das crianças e dos jovens, não só do intelecto, mas também da sensibilidade e da consciência ética global, extensiva aos homens, aos animais e ao planeta; a introdução das técnicas de atenção plena, com imensos benefícios psicossomáticos cientificamente comprovados, na vida quotidiana e nas situações mais adversas e exigentes, como escolas, hospitais, empresas e prisões; terapias alternativas, mais naturais e saudáveis, que não lucram com a doença e estão livres da escandalosa conivência entre a classe médica e os laboratórios farmacêuticos; novas dietas alimentares, mais éticas, saudáveis e ecológicas, que, conforme as recomendações da ONU, devem passar pela redução do consumo de carne e lacticínios e pelo aumento do recurso a cereais e legumes; um novo modelo de organização social e política, que descentralize e desburocratize o exercício do poder e faça a transição da democracia representativa para uma democracia mais directa, onde os cidadãos possam controlar e demitir os representantes que não cumprirem as funções e o programa para o qual forem eleitos; um novo sistema eleitoral, com um único círculo nacional, que permita uma representatividade mais equitativa de todas as forças políticas e possibilite a candidatura de listas de cidadãos independentes dos partidos; um novo modelo económico, que faça a transição da economia de mercado para uma economia baseada em recursos e liberte o planeta e os seres vivos da ideia demente e suicida de rentabilizar ao infinito recursos naturais finitos; o abandono definitivo das energias fósseis e a sua substituição por energias renováveis, promovendo as tecnologias amigas do ambiente; o regresso à terra, com base na agricultura biológica e na permacultura, também nos centros urbanos; a assunção clara de uma nova aliança entre os homens, os seres vivos e a Terra como matriz de uma nova civilização, para o qual há que consagrar na Constituição da República Portuguesa a senciência dos animais e o valor intrínseco do mundo natural, bem como aprovar um estatuto jurídico dos animais que lhes confira personalidade jurídica e conduza à criminalização de todos os atentados contra a sua integridade física e psicológica. Sim, porque, vivamos nós em ditadura ou democracia, os animais vivem numa ditadura bem mais dura, total e cruel. Para eles nunca houve qualquer tipo de 25 de Abril.
É no sentido destas alternativas que se movem os sectores mais conscientes e evoluídos da sociedade portuguesa e mundial. Isto exige de todos nós muita abertura, generosidade e inconformismo. Perante a passividade bem domesticada e ordenada em que muitos ainda se arrastam, é o momento de renovar o Elogio da Indisciplina feito por Fernando Pessoa. Temos de ser novos e bons rebeldes, pela mais justa de todas as causas, a causa do bem de tudo e de todos.
No meu caso pessoal, é esta rebeldia que me traz de volta à intervenção cívica, social e política mais directa, após a ter trocado pela intervenção cultural, desiludido com o conformismo partidário no pós-25 de Abril. E faço-o porque, com muitos amigos e o apoio de dezenas de milhares de portugueses, está a ser possível criar um partido diferente, o partido dos que tomam partido pelo todo e não pela parte, um partido que toma partido pelo bem de tudo e de todos, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - , que abraça como uma só as três causas, humana, animal e ecológica. O PAN assume-se como a voz política em Portugal de todas as alternativas éticas, científicas e saudáveis a um sistema decadente e moribundo e de todos os movimentos, associações e iniciativas cívicas que, nas várias áreas, convergem já, estejam disso ou não conscientes, para a criação de uma nova civilização, mais fraterna, solidária e justa para todos os seres e a Terra.
É neste sentido que convoco todos a que celebremos o espírito do 25 de Abril, não apenas o passado, que mal se esboçou e logo foi traído, mas o que está por vir, um verdadeiro e mais profundo 25 de Abril, uma verdadeira e mais profunda Revolução, que nos coloque realmente no rumo de um Mundo Novo, mas agora não só para os homens e sim para todos os seres! Temos de nos libertar de vez deste espírito do Portugal dos Pequeninos, o Portugal da mesquinhez e da mediocridade, o Portugal onde a economia e as finanças são mais importantes do que a Vida e que hoje é tão semelhante ao de Salazar e Caetano. Há que erguer um Portugal dos Grandes, o Portugal das grandes causas, que oriente o nosso espírito aventureiro, inovador e empreendedor para o bem de tudo e de todos!

Vamos a isto, Companheir@s! Sejamos rebeldes pela melhor das causas!

Lisboa, 20 de Abril de 2012

Paulo Borges
Presidente da Direcção Nacional do Partido pelos Animais e pela Natureza

PAN apela aos deputados municipais da Graciosa que votem contra a renovação do protocolo

















No próximo dia 20 de Abril vai ser levada a votação à Assembleia Municipal do Município de Santa Cruz da Graciosa, a renovação do protocolo para a gestão do canil municipal entra a CM de Santa Cruz da Graciosa e a Associação dos Cinegeticófilos da Ilha Branca.

No período em que esta associação geriu o canil municipal, o PAN teve conhecimento de vários casos de abandono de cães nas lixeiras e nas ruas, chegando estes muitas vezes a serem recolhidos por associações de protecção animal.

Havendo claramente uma situação de má gestão do canil municipal não faz qualquer sentido que esta renovação aconteça, devendo por isso a Câmara Municipal colocar um fim a esta parceria desprovida de qualquer sentido. O PAN enviou uma carta ao Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa solicitando a não renovação deste protocolo e solicitando a implementação de boas práticas de gestão, tais como:

- O não abate dos animais recolhidos pelo canil municipal de Santa Cruz da Graciosa;
- A esterilização dos animais errantes;
- Promoção da adopção de cães e gatos que estão à responsabilidade da Câmara;
- Acções de sensibilização junto da população local, nomeadamente junto das crianças e adolescentes, no sentido do reconhecimento da senciência animal, ie, da capacidade que estes têm de sentir dor e prazer.

Acreditamos que o modelo de gestão de um canil municipal, por parte de uma associação cujo a sua razão de existência seja a defesa e o bem-estar animal possa ser benéfico para o município, a comunidade e principalmente para os animais. Por isso, não faz qualquer sentido que essa gestão seja feita por uma associação de caçadores com é o caso da Associação dos Cinegeticófilos da Ilha Branca, onde a sua filosofia e razão de existência não está focada no bem-estar animal.

O PAN apela aos Deputados da Assembleia Municipal que votem contra este protocolo e exorta a todos os cidadãos, que enviem um email à Câmara de Santa Cruz da Graciosa e Assembleia Municipal solicitando a não renovação do protocolo com a Associação em questão e que proceda à implementação de medidas que defendam verdadeiramente o interesse dos animais.

Águas de Portugal ou Portugal sem águas ?

O Grupo Águas de Portugal S.A. (AdP), actualmente detido por capitais públicos, tem como objectivo produzir e fornecer água em todo o território nacional. Actua em todas as fases do ciclo urbano da água (captação, tratamento e distribuição para consumo público), bem como na recolha, tratamento e rejeição de águas residuais urbanas e industriais. Pela natureza da sua actividade, é legítimo afirmar que qualquer perturbação ou alteração de política na sua gestão poderá condicionar, comprometer ou limitar o acesso da população a água de qualidade. O grupo AdP detém praticamente o monopólio da actividade que exerce, tendo vindo a apresentar desde há alguns anos resultados positivos, embora suportados por subsídios estatais. Este apoio do Estado é tanto mais lógico quanto se considera que um bem básico como a água deve estar acessível, logística e financeiramente, a todas as pessoas. A água é um recurso básico e essencial não só para as populações humanas, como para todos os seres. A restrição directa ou indirecta ao seu acesso, a sua falta de qualidade ou o seu ineficiente tratamento e recuperação afectam de forma dramática o ambiente e os seres que nele se integram. É neste contexto que o Governo se prepara para privatizar o grupo AdP, vendendo-o a empresas privadas que, ao adquiri-lo, pretenderão, legitimamente, obter ganhos e lucros. A racionalização dos métodos de gestão e de exploração terá aí um papel importante. No entanto, tal não será, decerto, suficiente (caso contrário, não haveria motivo para a sua venda), pelo que rapidamente veremos a água aumentar o seu preço. Numa conjuntura económica difícil como a actual (que não é pontual, pois sabemos que ciclicamente a economia sofre situações de contracção), será fácil perceber a restrição ao acesso que tal representará para a generalidade da população. Entregar um recurso estratégico a entidades não controladas pelo Estado é de um perigo enorme, podendo colocar em causa a saúde e segurança do país e dos seus habitantes. E isto é tão mais grave quando sabemos que este não é caso isolado, pois esta operação de privatização segue-se à venda de entidades até agora estatais inseridas em sectores estratégicos e/ou não concorrenciais, como é o caso da EDP ou da REN. E tal como nestes casos, nada garante que o grupo AdP não venha a ser colocado nas mãos de empresas estrangeiras ou de outros Estados. Não podemos esquecer que, citando Leonardo Boff, "quem controla a água controla a vida e quem controla a vida tem o poder". Tudo isto se passa num contexto onde, um pouco por todo o planeta, se está a aprender com os erros que foram as entregas a privados do sector da água. Na verdade, assistimos a recentes reversões de privatizações em países como Reino Unido, França e, imaginem, Alemanha. Em diversos países foi publicada legislação para garantir a água pública (Holanda, Bolívia e Uruguai, por exemplo). O PAN sempre defendeu uma diminuição da presença do Estado no tecido empresarial nacional, mas nunca concordou com a privatização de empresas de importância estratégica ou inseridas em sectores não concorrenciais. Muito menos, empresas que controlam directa ou indirectamente o acesso a bens essenciais. Por todas estas razões, o PAN apela a todos os cidadãos que protestem de forma pacífica com todos os meios ao seu alcance para que a privatização do Grupo Águas de Portugal S.A. (AdP) não aconteça. Sugerimos, assim: - a subscrição da petição "Privatização da Água a Referendo" disponível em http://www.peticaopublica.com/PeticaoAssinar.aspx?pi=P2011N11644; - o envio massivo de e-mails e/ou cartas de protesto para o Gabinete do Primeiro-Ministro ( gabinete.pm@pm.gov.ptEste endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar ), o Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros ( gabinete.sepcm@pcm.gov.ptEste endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar ), o Ministro das Finanças ( gabinete.ministro@mf.gov.pt Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar ), o Ministro da Economia( gabinete.ministro@mee.gov.ptEste endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar ), a Ministra da Agricultura ( gabinete.ministro@mamaot.gov.pt Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar ) e o Grupo Águas de Portugal ( info@adp.pt Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar ); - a organização de manifestações de protesto um pouco por todo o país. Não nos deixemos vender. Não alienemos o nosso presente e o nosso futuro. Pelo bem de tudo e de todos.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Quota de filiação reduzida em 75%


Consciente das dificuldades financeiras que muitas pessoas e famílias atravessam neste momento em Portugal, levando a que o pagamento de 20 euros anuais constitua um encargo significativo, e tendo conhecimento das muitas pessoas que gostariam de filiar-se no Partido pelos Animais e pela Natureza mas para quem esse encargo é um obstáculo, a Direcção Nacional do PAN decidiu por unanimidade reduzir em 75% a quota de filiação no PAN, que passa assim a ser de apenas 5 euros por ano.

Esta alteração aplica-se a novos filiados, bem como àqueles que renovem a sua filiação a partir de 1 de Abril de 2012. Se completa brevemente um ano sobre a sua data de filiação, por favor aguarde contacto dos serviços administrativos do PAN para proceder à renovação. Se está interessado em filiar-se, visite www.partidoanimaisnatureza.com/filiacao.html.

Comunicado do PAN sobre o Projecto de Lei n.º 173/XII/1.º, sobre a Alteração do Estatuto Jurídico dos Animais


O Partido pelos Animais e pela Natureza – PAN considera que a alteração do Estatuto Jurídico dos Animais é hoje uma crescente preocupação da sociedade civil, de olhos postos na necessidade premente da consagração dos direitos dos animais.

Impõe-se por isso ao legislador uma cuidada reflexão e a adopção de medidas legislativas que concretizem eficazmente o reconhecimento dos animais como seres sencientes e indivíduos de direitos.

Tendo presente a Proposta do Partido Socialista para a alteração do Estauto Jurídico dos Animais, por via do Projecto de Lei n.º 173/XII/1.º, não obstante ser de louvar tal iniciativa, é contudo com alguma apreensão que constatamos a falta de rigor técnico na concretização do aludido estatuto, cuja regulamentação continua a estar inserida no capítulo “Das Coisas” e cujo articulado é incongruente com o espírito legislativo desejável para a salvaguarda dos direitos e bem-estar dos animais.

Se por um lado na exposição de motivos vêm referenciar alguns pensadores de relevo sobre a ética animal e algumas linhas gerais por eles defendidas, por outro, no texto proposto o projecto em apreço apresenta-se despido de uma verdadeira juridicidade na tutela dos interesses dos animais.

O PAN apela à coragem política de reconhecer expressamente que os animais não são coisas, indo mais longe na alteração do Código Civil, nomeadamente pela criação de um subtítulo especifico “Dos Animais”, fazendo assim a clara distinção entre animais e coisas.

O PAN estará presente para assistir à discussão do presente projecto nas especialidades e encontra-se disponível para inclusivamente dar o seu contributo na melhoria de tal documento.

Apelamos aos grupos parlamentares para que debatam de forma enriquecedora sobre a alteração do Estatuto Jurídico dos Animais, alterem a redação da proposta e consequentemente aprovem a alteração ao Código Civil.

O desafio está lançado, está na altura de elevarmos o nosso país a um patamar ético mais digno, pois o respeito pelos direitos dos animais contém em si mesmo o respeito pelo próprio ser humano e pelo dever moral que lhe incumbe na reformulação dos princípios e deveres ético-jurídicos que se adeque a uma nova era civilizacional, acompanhada e promovida por um debate intenso e vibrante sobre o estatuto moral, político e jurídico dos animais.

PAN apoia a marcha da Animal


O PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - apoia a marcha promovida pela ANIMAL, contra a falta de protecção aos animais em Portugal, no próximo dia 14 de Abril, com início às 16h no Campo Pequeno e com destino à Assembleia da República, onde terá lugar, às 21h, uma vigília.

Exortamos todos os nossos militantes e apoiantes a comparecerem, de modo a que a causa animal ganhe cada vez mais visibilidade mediática, social e política, pressionando os partidos com assento parlamentar e o Governo para que aprovem as medidas legislativas de efectiva protecção animal que defendemos no nosso programa. Exortamos também os nossos militantes e simpatizantes a comparecerem com o espírito assumido pelo PAN, que é o de defender os animais sem esquecer as causas humanitárias e ecológicas. O PAN surgiu para defender um novo paradigma mental, ético e civilizacional na sociedade e na política portuguesa, que considera inseparável o respeito pelos interesses e direitos fundamentais dos seres humanos e não-humanos, bem como pelo equilíbrio ecológico, do qual todos dependemos.

28 de Março de 2012
A Direcção Nacional do PAN