sábado, 20 de outubro de 2012

Partido pelos Animais e pela Natureza discorda da localização do novo canil no Bairro dos Navegadores

Recentemente têm vindo a público diversas notícias sobre a localização do canil de Oeiras no Bairro Residencial dos Navegadores, em Porto Salvo. O Conselho Local de Oeiras do Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) está ao lado dos moradores do Bairro dos Navegadores no que diz respeito aos argumentos apresentados contra a localização do novo canil.
Depois de anos de queixas e protestos dos Oeirenses sobre a política do bem-estar animal praticada pelo executivo camarário, nomeadamente as péssimas condições do canil de Paço de Arcos, a Câmara Municipal de Oeiras (C.M.O.) finalmente avançou com a construção de um novo canil, alojando provisoriamente os animais em Vila Fria.
No entanto, a construção do novo canil merece várias criticas por parte do PAN Oeiras. Em primeiro lugar, e devido às características de um canil, ou Centro de Recolha Oficial, este não deve ficar localizado junto a uma área residencial, pois poderá causar problemas aos moradores e muito menos deve ser construído numa zona de difícil acesso, que em nada ajudará a potenciar a adopção de animais pela dificuldade na deslocação. Acresce ainda o facto de o canil ficar muito próximo dos cabos de alta tensão que por ali passam, podendo colocar em risco animais e funcionários do canil.
O PAN questiona ainda porque é que o dinheiro que vai ser investido na construção do novo canil em Porto Salvo (aproximadamente 400.000 euros), não é usado no melhoramento e ampliação do canil provisório de Vila Fria, cuja a localização não coloca os problemas acima descritos.
Por último, o PAN Oeiras lamenta que a política de bem-estar animal promovida pela Autarquia - PROJAAO – Projecto de Apoio ao Animal de Oeiras, se resuma na sua essência à sensibilização da população relativamente aos dejectos caninos na via pública. É essencial um maior investimento na promoção de campanhas de esterilização, adopção e não-abandono à semelhança do que é feito nos Municípios de Cascais e Sintra, que recentemente inaugurou um canil com sala de cirurgia e raio-X, possuindo boxes para receber animais de grande porte e que tem ainda capacidade para albergar 250 animais abandonados ou vítimas de maus tratos.
Oeiras merece mais do que um programa de Recolha e Abate de Animais. Merece uma política de verdadeiro bem-estar animal.


Oeiras, 19 de Outubro de 2012


Fontes:
http://www.cm-oeiras.pt/amunicipal/OeirasEnvolve/ApoioAnimal/Paginas/defaultPage.aspx
http://anvetem.com/2012/02/11/oeiras-novo-canil-junto-ao-bairro-dos-navegadores/
http://jregiao-online.webnode.pt/products/sintra-refor%C3%A7a-bem-estar-animal/

Comunicado do PAN sobre a proposta de Orçamento de Estado para 2013

Sem prejuízo de uma análise mais pormenorizada da proposta de Orçamento de Estado hoje apresentada, aquilo que já é conhecido não pode deixar de merecer um forte repúdio por parte do PAN.
Ao mesmo tempo que se alteram unilateralmente contratos celebrados com trabalhadores e pensionistas, continuamos a assistir à quase intocabilidade daqueles que foram celebrados ao abrigo de Parcerias Público-Privadas (PPPs) que se têm revelado ruinosas para o Estado e, em diversos casos, ilegais ou pouco claras.
Ao mesmo tempo que se assiste a um brutal aumento de impostos, taxas e contribuições (algumas das quais disfarçadas e quase escondidas dos cidadãos) incidentes sobretudo sobre as classes baixa e média, continua-se a não tocar num conjunto injustificável de mordomias disponíveis para a classe política no poder e para os dirigentes da administração pública ou do sector empresarial do Estado (ajudas de custo elevadas, frota automóvel de luxo, viagens em primeira classe, etc.).
Ao mesmo tempo que se assiste ao definhar de grande parte do tecido empresarial português - fruto de uma política de austeridade cega -, continua-se a defender imoralmente um sector financeiro que, apesar dos apoios públicos (directos e indirectos) que tem recebido, continua a apresentar taxas efectivas de imposto menores do que as aplicadas à generalidade das pequenas e médias empresas e pouco ou nada tem contribuído para o financiamento actual da economia.
Ao mesmo tempo que se destrói a educação, saúde e segurança do país, continuam-se a pagar juros imorais de uma dívida que a generalidade dos cidadãos tem dificuldade em perceber como surgiu.
Ao mesmo tempo que o próprio FMI reconhece o erro da política que foi imposta a Portugal e que tão bem tem sido acolhida pelo Governo, assistimos à defesa intransigente de um modelo falhado, que não só não resolve o problema da dívida nacional e do défice orçamental como conduzirá à destruição continuada do país e do seu tecido económico e social. É por isso que o PAN não pode deixar de apelar ao Presidente da República para que impeça a entrada em vigor deste orçamento e sobretudo à forte, mas pacífica, mobilização da população contra esta política assassina.
Pelo bem de tudo e de todos.