segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Cão Loukanikos considerado uma das personalidades do ano


Loukanikos, o cão que ainda não perdeu uma única manifestação na Grécia desde o início da crise económica, foi considerado uma das personalidades do ano pela revista Time.

Desde o início dos protestos de rua na Grécia, Loukanikos (que em grego significa “salsicha”) tem marcado presença em todas as manifestações, para grande desespero das forças anti-motim, lembra o jornal espanhol La Vanguardia.

O animal não se intimida perante os polícias, nem se assusta com o gás lacrimogéneo e está sempre disposto a proteger os manifestantes.

Loukanikos tornou-se mundialmente famoso em Maio do ano passado depois de o jornal britânico Guardian ter publicado um conjunto de fotografias suas em várias manifestações.

Desde então, ganhou uma conta no Twitter, várias páginas no Facebook e diversos clubes de fãs.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A preservação do lobo ibérico como prenda de Natal


Chega a interagir com o público dando uivos e aproximando-se dos visitantes. Faia é já considerada a principal atração do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico (CRLI) de Mafra, que necessita de donativos para preservar a espécie.

Graças à sua juventude, este animal selvagem tem um comportamento ainda pouco destemido e sociável, permitindo ao centro sensibilizar o público para a preservação da espécie, ameaçada ao fim de décadas de perseguição pelo Homem por causa da caça e dos ataques a animais domésticos, em resultado da redução de presas naturais.

A sofrer da redução de donativos por causa da contenção económica, que levou este ano à dispensa de colaboradores, o CRLI, já visitado por seis mil pessoas em 2011, olha para a crise como uma oportunidade para defender causas, sobretudo no período do Natal.

"Temos de ser mais selectivos nas prendas que oferecemos e oferecer uma adopção [de um lobo] é uma forma de ajudar o centro e contribuir para uma causa ambiental", refere o biólogo Francisco Fonseca, presidente do Grupo Lobo, responsável pelo CRLI, onde coabitam mais seis lobos num ambiente semelhante ao seu habitat natural.

É o caso de Soajo, irmão de Faia. Os dois foram os últimos a nascer no centro, há três anos, mas o macho apenas se deixa observar atraído pelo jipe que distribui a comida pelos animais. Uma história muito diferente daqueles que vêm de jardins zoológicos e, por sinais de velhice, são dispensados e acabam por passar os últimos anos de vida no CRLI.

"Procuramos limitar o acesso dos visitantes porque queremos que os lobos tenham condições de vida e não queremos causar uma grande pressão sobre os animais", explica Francisco Fonseca.

Lobito chegou ao centro há um ano, depois de ser resgatado pela GNR de um cativeiro ilegal no norte do país, e ainda está longe dos olhares dos visitantes, que esta semana deixaram de poder observar o lobo Prado. A sua morte veio entristecer o Natal no CRLI, 16 anos depois de ali ter nascido.

O CRLI, único no país, pretende integrar o programa europeu de reprodução de lobos em cativeiro, para vir a receber lobos que já não trazem mais-valia genética ao programa, evitando assim o seu abate ou o realojamento em jardins zoológicos.

Comunicado do PAN sobre sobre a manifestação contra as condições dos animais no canil de Lisboa

No próximo dia 17 de Dezembro, sábado,no Rossio, às 15h, o Partido Pelos Animais e pela Natureza (PAN) estará presente na manifestação contra as condições dos animais no canil de Lisboa. O PAN considera que devemos protestar e manifestar-nos pela alteração da situação em que os animais são mantidos nos Canis Municipais. Protestamos porque somos contra a política de abates como forma de resolver a situação dos animais abandonados e errantes. Protestamos porque as condições em que se encontram os animais continuam a ser deploráveis. Protestamos porque queremos que seja adoptada uma política de esterilização e adopção responsável. Protestamos porque é a atitude que a situação exige a seres humanos conscientes e solidários com o sofrimento dos outros, sejam humanos ou não-humanos.

Não obstante a responsabilidade em primeiro lugar ser de quem abandona, as Câmaras Municipais são também responsáveis por assegurar as melhores condições possíveis aos animais que se encontram à sua guarda, permitindo que tenham um espaço adequado dentro do canil, mobilidade através de passeios, cuidados médico-veterinários e a possibilidade de encontrar uma nova família, sem serem abatidos. A vida é o bem mais precioso para todos os seres: é absolutamente injustificável tirá-la a um ser saudável ou clinicamente recuperável. Saibamos colocar-nos no lugar dos animais que sofrem e são abatidos e exigir firmemente o fim desta situação deplorável, em Lisboa e em todo o país.

Protestamos porque esta situação nos indigna; mas, mais importante que o nosso protesto é a nossa disponibilidade para, através dos órgãos directivos locais e nacionais do PAN e contando com a experiência das associações que estão no terreno, procurar, em conjunto com as câmaras municipais, soluções que ajudem a resolver este problema que é de todos. Salientamos que em alguns concelhos, como o Cartaxo e Caminha, foram estabelecidas parcerias frutuosas com, respetivamente, a Associação de Protecção aos Animais Abandonados do Cartaxo e a Associação Protectora dos Animais de Caminha.

Como disse Gandhi, a grandeza moral de uma nação mede-se pelo modo como trata os seus animais. A verdadeira crise é uma crise de valores, fonte de todas as outras. O PAN apela a que a população saia à rua em nome de uma causa mais que justa.

PAN pronuncia-se sobre os circos com animais

Chegados ao período do Natal, deparamo-nos mais uma vez um pouco por todo o país com a degradante realidade dos circos com animais.

Um dos principais obstáculos quando se trata de chamar a atenção para esta questão, como noutras, é sem dúvida o hábito. Desde pequenos que a maior parte de nós se habituou ao facto de os espectáculos circenses incluírem actuações de animais, sem nunca ter pensado sobre o que isso significa na verdade.

E a realidade não é nada agradável. Existem estudos e investigações sobre as condições de cativeiro dos animais nos circos, inclusive pelo menos um feito em Portugal, mas muito podemos observar por nós próprios.

Os circos que sobretudo nesta altura do ano surgem nas nossas cidades e vilas instalam-se com grande visibilidade, fazendo-se anunciar com cartazes exibidos em locais de passagem habitual para a maior parte de nós. Apesar de no local os animais serem mantidos um pouco resguardados do olhar das pessoas, é possível aproximarmo-nos e observá-los, observar e reflectir sobre as condições em que se encontram.

O tipo de animais exibidos pode variar bastante, mas não o espaço que têm à sua disposição, por norma exíguo face ao seu tamanho, o que é sobretudo evidente no caso dos felinos de grande porte. Quando lá estiver, não deixe também de reparar que o ambiente em que os animais se encontram é totalmente desprovido de estímulos. Se vir algum animal caminhando em círculos sobre si próprio, balançando o corpo sem sair do lugar ou exibindo algum outro tipo de comportamento repetitivo, é muito provável que esteja perante um animal com perturbações graves a nível mental, por causa das condições em que se encontra cativo.

Muitas vezes é também possível que observe feridas expostas, por exemplo nas patas de póneis e felinos, mas não só. Estas feridas não são apenas sinal de negligência por parte dos funcionários dos circos, mas possivelmente são também resultado das agressões físicas a que os animais são sujeitos durante os treinos de obediência, quando são agredidos com chicotes, aguilhões-ganchos ou por electrocussão.

Nunca se esqueça de que os animais não são treinados. São obrigados a desempenhar habilidades sob a ameaça e o medo da fome e das agressões físicas.

Desde há pelo menos quarenta anos que uma nova corrente estética designada Novo Circo, com vários exemplos na Europa, se propõe revitalizar de modo saudável a antiga magia do tradicional espectáculo de circo, preferindo não utilizar animais nas suas produções, concebendo espectáculos que muitas vezes se desenrolam em torno de uma história ou tema apelativos. Muitas destas inovadoras companhias já visitaram e continuam a visitar o nosso país.

Países como Áustria, Costa Rica, Dinamarca, Finlândia, Índia, Singapura, Suécia, Suíça e, mais recentemente, Alemanha e Reino Unido proibiram ou restringiram em grande medida a utilização de animais em espectáculos de circo, por considerarem que as condições em que os animais são mantidos não são dignas e são altamente prejudiciais para o seu bem-estar físico e emocional.

Manter animais em cativeiro nestas condições e para diversão não é digno também para os animais humanos que para isso contribuem. Não é sequer pedagógico, pois nenhum comportamento exibido pelos animais nos espectáculos de circo é um comportamento natural, construindo, sobretudo nas crianças, uma imagem dos animais que não corresponde à realidade da sua natureza.

O Partido pelos Animais e pela Natureza apela por isso a que não contribua para a manutenção destas práticas, recusando-se a ir a circos com animais e a denunciar todas as situações de abusos de que tenha conhecimento.

Comunicado do PAN sobre a Cimeira do Clima de Durban


Nos últimos dias decorreu em Durban — África do Sul — a Cimeira do Clima. Marcada por impasses sucessivos, a cimeira culminou num acordo que entusiasma mais pelo receio da sua ausência do que pela sua ambição e eficácia em travar as mudanças climáticas que advêm da elevação da temperatura média do planeta.

O objetivo é que a elevação da temperatura média em relação às médias da era pré industrial não seja superior a 2 ºC, valor acima do qual se prevê que as alterações climáticas assumam proporções catastróficas. Ao ritmo actual de emissões as previsões apontam para um aumento de 4 ºC, o que nos deixa sérias preocupações acerca do futuro.

A falta de ambição no pacote de medidas aprovadas em Durban, associada à demarcação do Estados Unidos — que arrastaram consigo outros países — e ao fraco empenho da Rússia e do Japão, comprometem o cumprimento do Protocolo de Quioto, que neste momento conta apenas com o compromisso da União Europeia, da Austrália e da Nova Zelândia, sendo que os dois últimos mostram reservas em relação à sua manutenção no futuro. Os resultados desta cimeira poderão ser a machadada final no já moribundo protocolo que nunca foi assinado pelos dois países mais poluidores do mundo — os Estados Unidos e a China — e que o Canadá acabou de rejeitar.

Da Cimeira resultou a formação da Plataforma de Durban para uma Acção Reforçada que deverá criar, até 2015, um grupo de trabalho para elaborar um instrumento com força legal que assegure a diminuição das emissões de forma a manter o aumento da temperatura média abaixo dos 2 ºC. A montanha parece ter parido um rato.

Na versão preliminar do Documento final da Plataforma de Durban para uma Acção Reforçada (Establishment of an Ad Hoc Working Group on the Durban Platform for Enhanced Action - Advance unedited version*) pode ler-se, no primeiro parágrafo, que os países envolvidos na conferência “reconhecem que as alterações climáticas representam uma urgente e potencialmente irreversível ameaça às sociedades e ao planeta e, por isso, requerem uma abordagem urgente de todos os participantes”. O texto prossegue afirmando que os participantes também “reconhecem que a natureza global das alterações climáticas necessita da mais alargada possível cooperação de países, bem como da sua participação numa resposta internacional efetiva e apropriada que tenha como objectivo a aceleração da redução global da emissão de gases potenciadores do efeito estufa”. Contudo, os acordos estabelecidos não fazem justiça às preocupações anunciadas.

Na perspetiva do PAN, o resultado desta cimeira denota a irresponsabilidade dos representantes dos diversos países perante uma situação tão grave e séria como as alterações climáticas que, como em outras situações, mostram mais preocupação em proteger os mercados e as corporações detentoras do poder económico do que o planeta e os cidadãos. Trata-se, no fundo, de uma crise de valores, que conduz a um sério défice democrático mesmo nas sociedades cujos governos foram democraticamente eleitos. É urgente que a temática das alterações climáticas assuma um maior protagonismo no debate da sociedade civil em Portugal, na Europa e no Mundo e que os representantes dos países democráticos traduzam melhor aquela que é a vontade das populações e assumam os compromissos com aqueles que os elegeram.

Este fracasso parcial da Cimeira de Durban leva a que o PAN se sinta ainda mais responsável e empenhado em trazer para o palco do discurso político nacional esta e outras temáticas com respeito ao ambiente. Temáticas estas intimamente relacionadas com as questões da famosa crise financeira que teima em alastrar pela Europa.

Num mundo global e interdependente, que enfrenta problemas tão graves como estes, urge a emergência de um novo paradigma ético e civilizacional que sirva os interesses de pessoas, animais e natureza e não os interesses de uma minoria poderosa. Um paradigma pelo qual o PAN não desistirá de se debater; um paradigma que permita a construção de uma civilização pelo bem de tudo e de todos.

* O documento encontra-se disponível neste endereço: http://www.scribd.com/doc/75365170/Establishment-of-an-Ad-Hoc-Working-Group-on-the-Durban-Platform-for-Enhanced-Action-Advance-unedited-version

Hospital Veterinário do Porto criou ATL para animais de estimação

A pensar nos cuidados prestados aos animais de companhia, o Hospital Veterinário do Porto criou um ATL (actividades de tempos livres) para os animais de estimação.

“O ATL é a resposta perfeita para o proprietário do animal de estimação moderno. Infelizmente, os proprietários dos animais muitas vezes não têm o tempo todo durante a semana de trabalho (principalmente) que possibilitem um estilo de vida saudável para seus companheiros”, refere o Mário Santos, director clínico do Hospital Veterinário do Porto.

O Hospital Veterinário do Porto pretende resolver este dilema, fornecendo o serviço de ATL que é ideal para os animais durante todo o dia de trabalho dos donos e adequa-se a todos os tipos de cães e idades.

Os animais são acompanhados por treinadores de animais qualificados e profissionais que irão supervisionar a socialização dos animais durante todo o dia. Essa socialização é fundamental para proporcionar um estilo de vida saudável físico e mental.

O ATL desenvolve diversas actividades para os animais, nomeadamente, diversões na área interior, "a hora da soneca" e frequentes caminhadas ao ar livre. Também é possível deixar ao cuidado dos treinadores a maioria dos problemas comportamentais do animal, incluindo: ansiedade de separação, a mastigação excessiva, esburacar, latir, socialização.

Os profissionais supervisionam constantemente os animais, dando-lhes a atenção que eles necessitam. É importante ter sempre as vacinas e desparasitação do animal em dia. Também é possível requisitar outros serviços disponíveis no HVP, Escola de Treino, Petboutique, cuidados de enfermagem ao domicílio, fisioterapia, banco de sangue, entre outros.

O Hospital Veterinário do Porto foi fundado em 1998 pelo médico veterinário Mário Santos. Com um serviço de urgências e cuidados intensivos, o HVP tem os seus serviços disponíveis 24 horas por dia, 365 dias por ano, com veterinários dedicados a áreas específicas da medicina veterinária, bem como com o apoio de uma completa equipa cirúrgica.

Além de cães e gatos, o Hospital Veterinário do Porto disponibiliza assistência veterinária a outros animais como aves, répteis e pequenos mamíferos, considerados animais exóticos.