quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Comunicado do PAN sobre as novas medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro

O PAN considera que as medidas anunciadas nesta sexta-feira pelo primeiro-ministro são mais um contributo para o aumento da injustiça social e um grave atentado ao bem-estar dos portugueses.
A redução da Taxa Social Única para as empresas poderia ser positiva ao reduzir os custos com a contratação e manutenção de postos de trabalho e contribuir para a criação de emprego. Dizemos "poderia ser" porque na verdade não o é: vai ser feita à custa de mais sacrifício por parte dos trabalhadores, num reforço de uma austeridade cega, que mais não faz do que empurrar a economia para uma espiral ainda mais recessiva.
Neste contexto, mais do que reduzir os custos com o trabalho, o que a generalidade das empresas necessita é de um mercado saudável que possa adquirir os seus produtos e serviços, bem como de acesso imediato a financiamento. Ao diminuir ainda mais o rendimento disponível dos portugueses através do aumento das suas contribuições para a Segurança Social, mais não se está a fazer do que dar o golpe de misericórdia a um mercado interno já moribundo.
Quanto ao acesso ao financiamento, este encontra-se vedado à esmagadora maioria das micro e pequenas empresas, num comportamento que consideramos vergonhoso por parte de um sector bancário que recebe benesses pagas por todos nós.
O PAN considera que mais austeridade cega e maior carga contributiva mais não fará do que continuar a empurrar o país para o abismo da recessão económica, do desemprego e do caos social.
Onde estão os cortes nos verdadeiros desperdícios do Estado? Para quando a tributação das grandes fortunas e o fim dos privilégios escandalosos de uma minoria? Até quando teremos de esperar para ver o fim dos contratos ruinosos para o Estado realizados em parcerias público-privadas? Quando veremos a classe política governante preocupar-se com a felicidade dos cidadãos em vez de querer agradar "aos mercados", aos especuladores e aos "parceiros de negócio" do costume? Para quando a renegociação da dívida nacional e a responsabilização de quem, ao longo dos anos, nos arrastou para esta situação?
É por considerar que a atitude do Governo e dos partidos que o apoiam já ultrapassou todos os limites, que o PAN não pode deixar de apelar a que os cidadãos digam Basta a esta política de empobrecimento e de injustiça social. É a hora de lutar e mostrar que alternativas éticas também existem.
Pelo bem de tudo e de todos!

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