quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Que se lixe a troika! - PAN apoia Manifestação de dia 15 de Setembro

O PAN considera que os crescentes atentados económicos e sociais dos últimos anos resultam de uma instrumentalização da democracia que serve um poder hegemónico estatizado que se resguarda, cobarde e violentamente, da questionabilidade das suas acções. Este resguardo faz-se através da promiscuidade dos actores (protagonistas e secundários) e do clientelismo em que estes se movem. Prova disso são os cargos muitíssimos bem pagos daqueles que se sentam, alternadamente, nas cadeiras dos luxuosos gabinetes da administração das empresas públicas e nas cadeiras dos, não menos luxuosos, gabinetes ministeriais e das secretarias de estado; a cor política é o critério de selecção e não a competência. Neste sentido o PAN tem a decorrer uma petição pela alteração da Lei Eleitoral que visa uma maior representatividade dos todos os portugueses na Assembleia da República e que pode ser lida e assinada aqui.

Para agravar o deficit democrático surge a intromissão de poderes internacionais não eleitos que, pela mão da troika, impõem medidas de austeridade que empobrecem a população, destroem a classe média e privilegiam os detentores das grandes fortunas. Os partidos que, desde 1974, tem assumido o (des)governo de Portugal e dos portugueses não criaram condições para envolver as pessoas nas tomadas de decisão, nem se preocuparam em promover uma cidadania participativa, nem a construção de uma democracia directa. Limitar a acção política do cidadão à escolha dos seus governantes através das eleições é abafar o espírito democrático e instrumentalizar a democracia ao serviço dos clientes habituais. As medidas recentemente anunciadas pelo primeiro-ministro Passos Coelho e sobre as quais o PAN teve oportunidade de se pronunciar em comunicado recente, sem se esquecer de apontar alternativas, somente vêm agravar a situação e colocar a população portuguesa à mercê do desemprego e da miséria. As soluções para a construção de uma sociedade mais ética e justa passam por medidas centrais, mas sobretudo por envolver as pessoas na tomada de decisões que são do seu interesse em detrimento dos clientes habituais do Estado. O PAN está ciente que o número de clientes do Estado Português aumentou largamente, pois, além de incluir os que já se haviam habituado ao promíscuo bailado das cadeiras, teve o acréscimo daqueles (nacionais e internacionais) que lucram com a especulação sobre as dívidas soberanas.

Pelas razões apontadas, o PAN vem expressar o seu apoio à manifestação convocada para o próximo sábado dia 15 de Setembro e solidarizar-se com todos aqueles que expressam a sua indignação perante o verdadeiro assalto que as políticas do governo português e da União Europeia estão a fazer aos portugueses. Deste modo convidamos todos os filiados e simpatizantes do PAN a solidarizarem-se com esta iniciativa e a assumirem a sua cidadania através da participação nos diversos pólos da “Manifestação contra a troika” que terá lugar no próximo sábado dia 15, pelas 17 horas.

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